O conflito dos times de Porto alegre continua no gramado quando o assunto é a Copa de 2014. Conhecida como uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro, Grêmio e Internacional dividem os torcedores de Porto Alegre. O número é praticamente o mesmo, pode-se dizer que 50% da cidade é azul ou vermelha, respectivamente. No entanto, atualmente, a disputa dos times não fica só no jogo em campo e está recebendo um novo foco: os estádios.

 

Com as preparações que antecedem a Copa de 2014, as capitais brasileiras estão correndo para  preparar seus estádios na esperança de serem escolhidos como uma das sedes dos jogos. Mas além da disputa das cidades, ainda mais acirrada é a disputa de times que planejam reformar ou construir suas arenas a tempo de serem indicadas como estádio oficial da Copa do Mundo.

Vamos ao fatos de Porto Alegre: apesar das afirmações do Ministro do Esporte, Orlando Silva, em relação ao Beira-Rio ser o estádio do Rio Grande do Sul na Copa, essa decisão cabe a FIFA, e será feita só em março de 2009. Para a definição, os comitês locais tem de confirmar seus projetos de estádios, com recursos definidos, construtoras contratadas etc, o que fica cada vez mais difícil nesse período de crise financeira que vem assolando o mundo e prejudicando, diretamente, os investimentos no país.

Segundo o presidente do Internacional, Vitório Pìffero, o estádio Beira-Rio e seus arredores serão reformados e reformulados. As modificações estão orçadas em R$ 80 milhões e serão feitas com dinheiro do próprio clube, que possui 75 mil sócios, ocupando o 2° na América Latina, atrás apenas do River Plate da Argentina, e com a venda do Estádio dos Eucaliptos. Para a Copa, o Inter pretende construir um edifício para receber os carros, além de um outro estacionamento nas imediações do estádio. A arquibancada inferior do estádio será modificada e ampliada, eliminando o antiga fosso e aproximando assim a torcida do campo. Toda a volta do anel inferior receberá camarotes e suítes e os lugares do estádio terão cadeiras e serão marcados. O Beira-Rio receberá uma cobertura, construída em estrutura metálica, cobrindo todos os lugares do estádio. Está prevista também a construção de um hotel próximo ao Beira-Rio, feito com investimento de capital privado, em parceria com uma rede hoteleira.

Já o Grêmio promete um novíssimo estádio, o Projeto Arena atenderá à todas as exigências da FIFA e proporcionará a urbanização dos seus arredores, o bairro Humaitá, na Zona Norte da Capital, fator este importante quando pensamos no legado que as ações para a Copa podem oferecer. O vice presidente do grêmio, Eduardo Antonini, chegou a afirmar que o novo estádio será o “mais moderno do Brasil” e que não teria sentido eles ficarem de fora da disputa pela Copa do Mundo. A arena multiuso está orçada em R$ 1 bilhão e, além do estádio, está prevista a construção de um shopping center, escritórios, hotel, centro de convenções, habitações e estacionamento. Em declarações que alfinetam o time adversário, Antonini chegou a dizer que “quem conhece estádios sabe que é impossível reformar, é necessário construir um (estádio) novo para atingir o nível que queremos”.

A diretoria do Internacional não deixa barato, e aparenta tranqüilidade na resposta: "Não há hipótese de os jogos da Copa em Porto Alegre saírem do Beira-Rio", afirmou o presidente Vitório Piffero.

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